Evidentemente que existindo nas escolas mais professores do que técnicos psicossociais, as necessidades mantém-se e o elemento de 'referencia' dos alunos é na sua maioria o professor.
De facto não se pode exigir de um professor que seja psicólogo, assistente social ou educador social, até porque 'não têm' as bases teorias para exercer tal função, nem tão pouco se pode exigir a estes que facilitem uma sessão de matemática, biologia...
Contudo acredito numa coisa: por detrás destas designações fictícias que nos indicam quem somos (Prof. ou Drs.), acima de tudo somos pessoas que lidam com outras pessoas.
Somos pessoas com necessidades, interesses, limitações, potencialidades, tal como aqueles a quem designamos por alunos.
Como pessoas que somos, somos corpo, mente e emoção.
Recordo-me de ter ido 'trabalhar' muitas vezes triste, angustiada, cansada, desanimada e ao mesmo tempo também eufórica, feliz, motivada, enérgica, criativa... E isso refletia-se na minha performance profissional (aquilo que sou capaz de fazer tendo em conta o meu estado emocional).
Assumir que eu tenho este direito de sentir o que sinto, os outros também o têm (alunos, colegas de trabalho, funcionários...)
A questão que se coloca é: 'Como vamos gerir sentires diferentes e performances diferentes?'
Eu posso responder com outra questão: queres lidar com a diferença? Queres educar ou instruir? O que significa para ti tais designações?
Esse é o desafio! Definir a tua verdadeira intenção! Distanciar-me ou Relacionar-me?
No início das minhas funções enquanto educadora social o meu foco estava em 'fazer as coisas bem' e isto significava para mim que os alunos me compreendessem, ouvissem e cumprissem com as atividades que eu tinha definido, até porque muitas vezes tinha 'perdido' horas na noite anterior a preparar as sessões. E sabem: nem sempre as coisas corriam da forma 'certa' (aquela definida por mim).
Até que percebi que as coisas não funcionavam por pelo menos dois factores evidentes: o meu estado emocional não era o mais apropriado para estar a desenvolver aquela atividade e depois nem sempre o que propunha fazia sentido para os meus jovens.
Aí entendi uma coisa: partilhar como me sinto e perguntar-lhes como se sentem, fazia com que mais facilmente entrássemos em negociações e estabelecíamos uma relação em que a base era o respeito e a flexibilidade. Decidi não impor o meu mapa aos outros!
Isto parece não fazer conexão com o início deste texto, porém, pergunto: quantas vezes queremos impor o nosso mapa, as nossas expectativas, os nossos objetivos e tudo o que os jovens ou crianças precisam naquele preciso momento é partilhar uma história, um acontecimento, um sentimento, um problema, ou seja, precisam de um psicólogo, de um assistente social ou educador social...
Assumir que eu tenho este direito de sentir o que sinto, os outros também o têm (alunos, colegas de trabalho, funcionários...)
A questão que se coloca é: 'Como vamos gerir sentires diferentes e performances diferentes?'
Eu posso responder com outra questão: queres lidar com a diferença? Queres educar ou instruir? O que significa para ti tais designações?
Esse é o desafio! Definir a tua verdadeira intenção! Distanciar-me ou Relacionar-me?
No início das minhas funções enquanto educadora social o meu foco estava em 'fazer as coisas bem' e isto significava para mim que os alunos me compreendessem, ouvissem e cumprissem com as atividades que eu tinha definido, até porque muitas vezes tinha 'perdido' horas na noite anterior a preparar as sessões. E sabem: nem sempre as coisas corriam da forma 'certa' (aquela definida por mim).
Até que percebi que as coisas não funcionavam por pelo menos dois factores evidentes: o meu estado emocional não era o mais apropriado para estar a desenvolver aquela atividade e depois nem sempre o que propunha fazia sentido para os meus jovens.
Aí entendi uma coisa: partilhar como me sinto e perguntar-lhes como se sentem, fazia com que mais facilmente entrássemos em negociações e estabelecíamos uma relação em que a base era o respeito e a flexibilidade. Decidi não impor o meu mapa aos outros!
Isto parece não fazer conexão com o início deste texto, porém, pergunto: quantas vezes queremos impor o nosso mapa, as nossas expectativas, os nossos objetivos e tudo o que os jovens ou crianças precisam naquele preciso momento é partilhar uma história, um acontecimento, um sentimento, um problema, ou seja, precisam de um psicólogo, de um assistente social ou educador social...
No fundo, muitas vezes só precisam de uns ouvidos e de um olhar presente e verdadeiro.
Quantas vezes estamos disponíveis a ouvir alguém que não nos ouviu antes? Eu pessoalmente mostro algumas resistências a quem não esteve presente comigo antes. Com eles, os alunos, passa-se o mesmo.
Se os alunos não mostram interesse pelas coisas que queremos oferecer, podemos fazer várias coisas:
- perguntar o que se passa (ouvi-los)
- partilhar os objetivos da sessão
- mostrar flexibilidade, apresentando várias formas de atingir os mesmos objetivos e dar a escolher
- perguntar a ti mesm@ quanto do que preparaste, necessita de ser desenvolvido na sessão para te sentires bem
- o que estás dispost@ a abdicar
- partilhar como te sentes e como te sentirás se 'x' for cumprido
- querer criar relação ou não querer.
É respondendo a algumas destas questões que perceberás a tua verdadeira intenção!
Quantas vezes estamos disponíveis a ouvir alguém que não nos ouviu antes? Eu pessoalmente mostro algumas resistências a quem não esteve presente comigo antes. Com eles, os alunos, passa-se o mesmo.
Se os alunos não mostram interesse pelas coisas que queremos oferecer, podemos fazer várias coisas:
- perguntar o que se passa (ouvi-los)
- partilhar os objetivos da sessão
- mostrar flexibilidade, apresentando várias formas de atingir os mesmos objetivos e dar a escolher
- perguntar a ti mesm@ quanto do que preparaste, necessita de ser desenvolvido na sessão para te sentires bem
- o que estás dispost@ a abdicar
- partilhar como te sentes e como te sentirás se 'x' for cumprido
- querer criar relação ou não querer.
É respondendo a algumas destas questões que perceberás a tua verdadeira intenção!
Se a tua intenção é educar, negociar, escutar ativamente, ser flexível... Mas o teu estado emocional no momento não te permitiria estar totalmente presente, podes simplesmente partilhar:
'Sei o quanto é importante para ti partilhares todas essas coisas comigo, e eu quero muito ouvir-te, no entanto, eu estou a sentir-me cansada e muito ocupada e quando te ouvir quero estar presente. Como te sentes se falarmos mais tarde?' (Esta atitude, releva respeito pelo teu mapa e pelo mapa do outro e cumpres na mesma a tua intenção inicial como educador e tudo o que isso significa pra ti).
Agora vai e investe em boas partilhas com claras intenções pra ti!
Sem comentários:
Enviar um comentário